domingo, março 05, 2017

“Pode ser necessário” substituir o ministro José Pacheco

Por outro lado Mosca, que é sociólogo rural, aponta também como risco o facto de se haverem escolhido apenas dez distritos - Mecubúri, Laláua, Ribáue. Malema, Rapale(na província de Nampula); Gurúe, Alto Molócue, Ile, Gilé e Mocuba(na província da Zambézia). “Quando se escolhe um território para concentrar recursos automaticamente os outros territórios à volta podem reagir, não só ao nível do Governo dos distritos como também dos outros produtores à volta que pode-se sentir marginalizados”.
Relativamente a “propriedade” do Sustenta ser do Ministério da Terra e Desenvolvimento Rural e não do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar o director do Observatório do Meio Rural declarou que “o problema foi criar-se dois ministérios para tratar assuntos que deveriam ser tratados num único. Agora quais são as delimitações exactas entre os dois ministérios pode constituir um problema, e quando começam a aparecer projectos específicos com dinheiro e recursos então a conflitualidade pode surgir”.
“A agricultura também é desenvolvimento rural, é uma distorção completa de natureza orgânica institucional a existência destes dois ministérios, devia haver apenas um. Havendo dois, com concepções aparentemente distintas e com modos de actuação diferentes, com relações com a sociedade completamente distintas então o que se passa”, questionou o académico que disse ao @Verdade que “pode ser necessário” substituir o ministro José Conduna António Pacheco.
Segundo João Mosca “ninguém neste momento dá qualquer aval ao actual Ministério da Agricultura, nem cooperação internacional, nem doadores, nem sociedade civil, nem o próprio Governo acredita no Ministério da Agricultura. Mantém-se o ministro por razões de natureza de equilíbrio político ou qualquer outra coisa, o Ministério da Agricultura é absolutamente ineficaz a todos os níveis”.
“Você pergunta a um investigador do IIAM, extensionista rural e ele diz-te que o problema está na direcção. Os métodos de direcção, de comando dentro do Ministério da Agricultura são como nem era no tempo mais ortodoxo samorista”, concluiu o Professor.
 Fonte: @verdade – 03.03.2017

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